domingo, maio 23, 2010

Olhar para trás



"Até a cor do arrependimento desbota com o tempo."
Todo domingo é assim, dia de reflexão! Talvez seja esta a explicação para o esticar das horas e mesmo da áspera sensação de tédio.
O dia amanhece e lá estou, avaliando o passado, as atitudes, reações... e daí em diante, tenho certeza de que, às vezes, a sobriedade me falta.
Somos tão imprevisíveis que vez ou outra nos tornamos demagogos, sem perceber. Tão fácil aconselhar, resolver os problemas dos outros e extremamente difícil agir munidos de nossos conceitos.
E por que então temos a ignorante e involuntária mania de querer deduzir e induzir os comportamentos alheios?
É tudo tão estranho, complexo... Convivemos anos ao lado de amigos verdadeiros, familiares e demais pessoas que nos rodeiam e na primeira decepção, nos entregamos ao sofrimento e afirmamos: “Eu realmente não lhe conhecia o bastante!”
Você se conhece o bastante?
Olho para trás e vejo como sou imprevisível. Impulsiva? Também! Entretanto julgar as 'ações inesperadas' do outro é menos cruel do que condenar meus 'pequenos surtos'!
Domingo, fim de noite, olho as pessoas passando pela rua, ouço vozes, crianças brincando, música alta nos carros que passam enfurecidamente pela estreita via... respiro fundo, sinto minha essência renovada.
Os meus erros já não me consomem tanto, todavia, as feridas marcadas em minha pele pelas decepções externas... continuam abertas.

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