quarta-feira, setembro 01, 2010

Áporo



“Um inseto cava
cava sem alarme
perfurando a terra
sem achar escape.
Que fazer, exausto,
em país bloqueado,
enlace de noite
raiz e minério?”
A vida é assim: teses seguidas de antíteses.
Mesmo sem esperança damos prosseguimento às coisas. Cada qual a sua maneira, alguns pacificamente, outros preferem ser vítima de seu próprio enredo, alguns se acomodam com a posição de ser apenas observadores, mas são poucos que levantam a cabeça e acreditam na mudança, buscam novos caminhos.
“Eis que o labirinto
(oh razão, mistério)
presto se desata:
em verde, sozinha,
antieuclidiana,
uma orquídea forma-se.”
E são realmente as pessoas que lutam contra a lógica, as regras impostas, as leis que regem algo, que conseguem, mesmo que sós neste ideal: revolucionar a vida.
Ser herói diante um senso em comum e uma vontade compartilhada não é conquista.
Ser vitorioso mesmo nas derrotas é em suma a verdadeira meta atingida. Afinal: vencer é fazer algo por seu ideal mesmo que ele não seja almejado.
Cruzar os braços é sinônimo de passividade.
Ir à luta, atuar, e ser aquele, entremeio ao infinito, que fez algo em prol de um pensamento, mesmo que seja apenas seu, já foi louvável e o marco que elevou cidadãos comuns à posição de grandes líderes!
Como sabiamente já foi dito: 'questionar é evoluir' e ser diferente é alçar vôos por horizontes desconhecidos!

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