segunda-feira, fevereiro 21, 2011

A grande dor das cousas que passaram



“A grande dor das cousas que passaram
transmutou-se em finíssimo prazer
quando, entre fotos mil que se esgarçavam,
tive a fortuna e graça de te ver.”
Como disseram sabiamente: “tem coisas nesta vida que a gente nunca esquece”!
Coisas e pessoas, eu diria.
O tempo passa, os seres migram, o meio se altera, tendências se transpassam e no fundo... pouco se altera.
São mudanças que levam à 'mesmice de cada dia'.
Monotonia que torna cômoda e intrínseca a dor da perda.
“Ó bendito passado que era atroz,
e gozoso hoje terno se apresenta
e faz vibrar de novo minha voz
para exaltar o redivivo amor
que de memória-imagem se alimenta
e em doçura converte o próprio horror!”
A primeira vez de qualquer experiência é sempre marcante! Afinal, se é esta a impressão 'que fica', o medo de reviver algo pode ter justificativa (Física Quântica?)
Na verdade, hoje precisava extravasar...
O início cômico é apenas uma forma de camuflar o temor do que está por vir.
Exatamente. Depois do 1º NATAL, da 1ª PASSAGEM DE ANO sem a presença da pessoa mais importante da minha vida, o receio do 1º ANIVERSÁRIO DE MINHA AVÓ, sozinha, mexe profundamente comigo.
Quando ela se foi, me propus a não falar desta perda em meu blog - enquanto a ferida estivesse latente...
Meses se passaram e vi que o tempo ganha proporções distintas de acordo com o tamanho do sentimento.
A dor... nunca vai passar.
A ausência estará sempre ali, em cada recordação, história contada, nos aprendizados e principalmente na lição de vida transmitida.
Não serei hipócrita a ponto de dizer que "eu compreendo". Alguns acontecimentos, realmente, estão aquém de minha aceitação.
23 de março de 2011: dia frio com céu encoberto de nuvens.
Não é uma previsão (nem em seu sentido literal)... mas para mim, não há como ser diferente.
Talvez a noite possa amenizar as emoções...
Quem sabe uma nova estrela?!

Template by:

Free Blog Templates