“Entre mim e os mortos há o mar
e os telegramas
Há anos que nenhum navio parte
nem chega. Mas sempre os telegramas
frios, duros, sem conforto.”
Ainda menina, lia, “proclamava”, ouvia... muito se falava: INDEPENDÊNCIA!
O vocábulo sempre foi música aos ouvidos e anseio de um todo. Parece ser uma meta, um projeto de vida...
Mas no seu sentido real, não seria uma utopia?
O tempo passa e percebo que cada vez mais a tal 'independência' ganha vantagem e se distancia do alcance de meus dedos.
Dei muitos passos desde que assumi a postura de ser 'adulta', resolvida e responsável por meus atos.
“Na praia, e sem poder sair.
Volto, os telegramas vêm comigo.
Não se calam, a casa é pequena
para um homem e tantas notícias.”
Em instantes a vontade é recuar. Voltar a ser aquela menina que deitava no colo da avó e simplesmente chorava por não saber o que falar.
Tudo facilmente solucionado. As lágrimas lavavam a alma e qualquer sentimento de desgosto, culpa ou arrependimento se dissolvia.
“Vejo-te no escuro, cidade enigmática.
Chamas com urgência, estou paralisado.
De ti para mim, apelos,
de mim para ti, silêncio.
Mas no escuro nos visitamos.”
Hoje não. Os olhos estão secos – a alma também. A noite perdeu o revestimento de romantismo e assumiu a sua real postura de sombria, fria e vaga.
“Escuto vocês todos, irmãos sombrios.
No pão, no couro, na superfície
macia das coisas sem raiva,
sinto vozes amigas, recados
furtivos, mensagens em código.”
Não há independência alguma. A vida é repleta de ilusões multifacetárias, 'pseudo achismos' e aparências...
“Os telegramas vieram no vento.
Quanto ao sertão, quanta renúncia atravessaram!
Todo homem sozinho devia fazer uma canoa
e remar para onde os telegramas estão chamando.”
A vida é COMPLEXA e nós seres humanos... PERPLEXOS!
e os telegramas
Há anos que nenhum navio parte
nem chega. Mas sempre os telegramas
frios, duros, sem conforto.”
Ainda menina, lia, “proclamava”, ouvia... muito se falava: INDEPENDÊNCIA!
O vocábulo sempre foi música aos ouvidos e anseio de um todo. Parece ser uma meta, um projeto de vida...
Mas no seu sentido real, não seria uma utopia?
O tempo passa e percebo que cada vez mais a tal 'independência' ganha vantagem e se distancia do alcance de meus dedos.
Dei muitos passos desde que assumi a postura de ser 'adulta', resolvida e responsável por meus atos.
“Na praia, e sem poder sair.
Volto, os telegramas vêm comigo.
Não se calam, a casa é pequena
para um homem e tantas notícias.”
Em instantes a vontade é recuar. Voltar a ser aquela menina que deitava no colo da avó e simplesmente chorava por não saber o que falar.
Tudo facilmente solucionado. As lágrimas lavavam a alma e qualquer sentimento de desgosto, culpa ou arrependimento se dissolvia.
“Vejo-te no escuro, cidade enigmática.
Chamas com urgência, estou paralisado.
De ti para mim, apelos,
de mim para ti, silêncio.
Mas no escuro nos visitamos.”
Hoje não. Os olhos estão secos – a alma também. A noite perdeu o revestimento de romantismo e assumiu a sua real postura de sombria, fria e vaga.
“Escuto vocês todos, irmãos sombrios.
No pão, no couro, na superfície
macia das coisas sem raiva,
sinto vozes amigas, recados
furtivos, mensagens em código.”
Não há independência alguma. A vida é repleta de ilusões multifacetárias, 'pseudo achismos' e aparências...
“Os telegramas vieram no vento.
Quanto ao sertão, quanta renúncia atravessaram!
Todo homem sozinho devia fazer uma canoa
e remar para onde os telegramas estão chamando.”
A vida é COMPLEXA e nós seres humanos... PERPLEXOS!
15 comentários:
Olá garota! Quanto tempo mesmo não é?
Mas o bom que vc voltou com um conteúdo mais forte.
Está vivendo de modo pleno sua fase adulta.
Um dia chego lá também. kkkkkkkkk
Aí não ficarei mais perplexa com nada.
Quanto a mim vivo de acordo com meu post.Mantenho uma estrutura mais ou menos podre. E uma paixão doendo no peito.
Um grande bj conterrânea. Edna Campos
É, Carol. Na verdade, essa Carolina de hoje carrega as mesmas características lindas da infância, porém suportando as dificuldades impostas.
Aos cinco anos, achamos que nos conhecemos; aos quinze, achamos que nos conhecemos, e que podemos conhecer o mundo; aos vinte e cinco percebos que não conhecemos o mundo; aos trinta, percebos que não nos conhecemos. Algumas coisas acontecem antes, outras só percebemos depois. É preciso força, Carol.
E saiba também que sua lembrança guarda tudo. Ela é um depósito lindo de emoções.
Exijo que você fique bem! Amo você.
Beijos.
Lindo o texto minha amiga e irmã Carolina Mendes, "Karols"...esta tal INDEPENDÊNCIA é a ilusão que nos faz pisar firme no chão de um caminhão incerto...a busca incessante pelo não palpável, mas no que acreditamos um dia conquistar, sem saber ao certo, qual o gosto deste desejo e se somos capazes de um dia nos saciar!
Eis uma PENDÊNCIA que traçamos com o destino e que pode nos fazer viver . Mas que tal trocarmos esta INDEPENDÊNCIA? sugiro FILOSOFIA - eu quero uma para viver!!!
Beijosssssssssss e lembre-se a cada desafio, o gosto da superação. Se houver frustração, não se sinta triste, ficará o aprendizado!!!
Recheado. Em cada linha uma referência diferente. Gostei. O seu mundo já deixou de ser caduco faz tempo.
Beijos
Oi Carolina. Adorei o texto. Escrito com carqcterísticas marcantes, que me lembraram alguns detalhes particulares, principalmente essa frase:
"Dei muitos passos desde que assumi a postura de ser 'adulta', resolvida e responsável por meus atos."
Parabéns mesmo! ;*
Então já de novo Natal! E aqui estamos com nossas emoções a espera de um novo ano!
Boas Festas... garota. Edna Campos
Oi Carol!
Quanto tempo não é mesmo?
Estava com saudades de visita-la!
Muita luz e muito amor. Feliz Natal!
Beijos!
Feliz Ano Novo! Mas muito feliz mesmo.
Beijo grande. Edna.
Querida amiga
Hoje a minha visita
é para agradecer.
Cada visita sua ao meu espaço
de sentimentos,
inspira alegrias em
minha vida,
e leva o que de melhor
existe em mim.
Sua amizade é preciosa
em minha vida,
e há de continuar a ser
neste novo ano
que está nascendo.
quando eu crescer vou escrever igual a vocÊ, sério.
cd vc????
sumida: saudades de te ler!
Oi sumida...como vai?
Passe lá depois em meu blog...mudei de visual ficou lindão.
abraços
de luz e paz
Hugo
gostei de ler :)
tenho um blog novo dedicado apenas 'a fotografia, visita
http://lopaulosphotografia.blogspot.com/
NOssa me apaixonei por suas palavras, tão gostoso de ler.
A verdade é que crescer é surreal... mas é preciso.
voltarei.
bjs
que saudades daqui!
que saudades de você!
Uauuuuuuuuuuuuu....
amei seu texto!
apareça lá em meu OLHAR!
beijos com muito carinho sempre!!
Bia
OLHAR DENTRO DOS OLHOS
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